Henrique Leitão

Henrique Leitão é Investigador Principal no Centro Interuniversitário de História da Ciências e da Tecnologia, que ajudou a fundar em 2003, e Presidente do Departamento de História e Filosofia da Ciência da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Doutorou-se em Física, em 1998, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, mas o interesse crescente pela história das ciências acabou por torná-lo um “historiador de ciência a tempo inteiro”. Entre os seus principais interesses está a história das ciências exatas nos séculos XV a XVII.      

Foi galardoado com o Prémio Pessoa 2014 e nomeado Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, em 2015.

Autor de vários livros, Henrique Leitão coordenou a Comissão Científica da publicação das Obras de Pedro Nunes, com a chancela da Fundação Calouste Gulbenkian e da Academia das Ciências de Lisboa.

Foi Comissário Científico de variadas exposições científicas, entre elas 360º Ciência Descoberta, na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2013, e Estrelas de papel: Livros de Astronomia dos séculos XIV a XVIII, na Biblioteca Nacional de Portugal, em 2009.

Ganhou uma European Research Council (ERC) Advanced Grant em 2018, no âmbito do projeto “Making the Earth Global: Early Modern Nautical Rutters and the Construction of a Global Concept of the Earth”. Em conjunto com o seu grupo tem promovido uma revolução tranquila, mas real, na história da cartografia; entre outros marcos na área, destaque-se a descoberta de que a chave para a origem da Projeção de Mercator estava na obra de Pedro Nunes.  

É ainda membro de várias sociedades científicas, nacionais e internacionais, colaborando ativamente com a SPM na suas atividades. No final de 2012, Henrique Leitão foi eleito membro efetivo da Academia Internacional de História das Ciências, uma prestigiada associação de historiadores de ciências, com sede em Paris.      

Henrique Leitão é sobretudo um humanista que estudou línguas vivas quando precisou de estudar documentos no estrangeiro, estudou línguas mortas, trabalhou com especialistas na China para perceber o impacto científico dos missionários jesuítas, tanto fala de física teórica como de filosofia medieval, de história dos descobrimentos ou sobre o belo, é um orador brilhante e por isso extremamente requisitado para falar um pouco por todo o lado, e mantém há muitos anos uma tertúlia científica, filosófica e cultural por onde têm passado dezenas de jovens universitários e doutorados, à semelhança das famosas tertúlias artísticas e científicas da Alemanha, Inglaterra, Polónia, França, etc. do início do século XX em que o tempo convidado era Kairós, o deus da fruição sem relógio.     

A Assembleia Geral da SPM, que decorreu no dia 29 de março de 2022, distinguiu o Professor Henrique Leitão como Sócio Honorário da SPM pelas suas contribuições para a História da Matemática.

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